MFN:
14791
Identificador:
e5197083-ffd5-4521-a8c6-e9feba6cd26f
Formato:
UNIMARC
Tipo de documento:
BOOK
Criado em:
2009-10-30 00:00:00
Alterado em:
2025-07-03 15:48:27
001 INR20091030112732
100 ^a20091030d2009 k y0pory0103 ba
101 0 ^apor
102 ^aPT
200 1 ^aLúpus em mulheres e a construção discursiva da doença^e<a >feminilidade e o adoecer feminino como uma inscrição dos afetos no corpo^fNádia Regina Loureiro de Barros Lima^gorient. Maria da Conceição de Oliveira Carvalho Nogueira
210 ^aBraga^cUM-IEP^d2009
215 ^a2 vol.^cquadros, figuras, tabelas ;^d30 cm
327 0 ^a[Impressão, feita em 20.8.09, a partir de http://repositorium.sdum.uminho.pt]
328 ^aTese apresentada, sob a orientação da Professora Doutora Maria da Conceição de Oliveira Carvalho Nogueira, ao Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, para a obtenção do grau de Doutor em Psicologia Social
330 ^aOs estudos de gênero têm contribuído com diversas áreas de saberes e de intervenção para o processo de transformação social, direcionando seu foco de interesse para as marcas patriarcais impingidas no corpo social. A saúde constitui uma dessas áreas e o fenômeno do adoecer é concebido à luz do complexus, como uma totalidade biopsicosocial. A análise do adoecer feminino se constrói dialogando com diversos campos do conhecimento; com o corpo sendo concebido como um dispositivo de poder (biopoder) e as patologias femininas como relacionadas a situações de conflito. Diante dos padrões de feminilidade impostos, as mulheres reagem de modo diferenciado e uma das formas de reação é pela via do adoecimento. A investigação sobre as patologias femininas, diante dos traços conscientes e inconscientes constituintes da psyché, privilegia os sintomas inconscientemente produzidos pelo sujeito. Considerando a incidência predominante de Lúpus em mulheres, a presente investigação objetiva examinar as implicações da construção discursiva da subjetividade feminina no adoecer, a partir da posição de sujeito no discurso. Conforme a Análise Foucaultiana do Discurso, se busca como os saberes são discursivamente construídos e o funcionamento discursivo produz sentidos, estabelecendo relações entre práticas discursivas e os discursos constitutivos dessas práticas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com mulheres portadoras de Lúpus em Maceió (AL)-Brasil. Foram realizadas dezessete entrevistas, gravadas e posteriormente transcritas para análise, resultando num texto; a partir deste, foi selecionado um corpus de enunciados e montado um quadro temático com os seguintes discursos: feminilidade, psicossomático (médico, psicanalítico), patriarcal (religioso, familiar), feminista espontâneo. Um dos aspectos relevantes desse estudo consiste em conhecer os mecanismos que produzem efeitos de sentido androcêntrico no adoecer feminino. O procedimento operacional contou com um roteiro de questões em torno de três eixos temáticos. O primeiro - trajetória pessoal e familiar - apontou para a construção discursiva patriarcal e suas repercussões sobre o controle da sexualidade, pela submissão feminina à lei do pai. O segundo - surgimento da doença - remeteu para a construção discursiva da culpabilidade feminina veiculada pelo discurso patriarcal religioso que sedimenta nas mulheres o histórico sentimento de culpa feminina. Enfim, o terceiro - percepção de si e da doença - direcionou para o discurso psicossomático como construtivo do sentido do adoecer, trazendo à tona a influência dos fatores emocionais (estresse, perdas, separação) no desencadeamento do Lúpus. Na divisão de poder entre os espaços público e privado que tende a demarcar os limites do masculino e do feminino, o poder dos afetos é percebido como intrinsecamente vinculado ao corpo feminino que adoece. O resultado da análise aponta para a presença nas práticas discursivas de traços similares às patologias femininas, funcionando o adoecer como uma inscrição dos afetos no corpo. Esse resultado, uma leitura possível entre outras, sugere a necessidade de se incorporar o olhar de gênero aos estudos médicos sobre o adoecer, bem como às suas práticas profissionais, tendo em vista um novo olhar sobre a relação saúde e doença.
330 ^aSUMÁRIO; Nota de esclarecimento; Dedicatória; Agradecimentos; Resumo; Abstract; Introdução; Parte I - Pressupostos teórico-metodológicos: Do corpo como texto ao contexto patriarcal; Capítulo 1 - Lúpus em mulheres: O fenômeno do adoecer e o adoecer feminino; 1.1. O fenômeno do adoecer, um breve histórico: Da unidade à fragmentação; 1.2. Lúpus, um adoecer em mulheres; 1.3. O adoecer feminino, um olhar de género; Capítulo 2 – Discussão metodológica e percurso investigativo; 2.1. Sobre o dispositivo teórico-metodológico de análise; 2.2. O lúpus em mulheres e as condições de possibilidades da doença: Detalhando o percurso investigativo; Parte II - Lúpus em mulheres, um adoecer feminino: Submissão, culpa e perdas; Capítulo 3 - A construção discursiva do lúpus: Condições de possibilidades do adoecer e efeitos discursivos; 3.1. Trajetória pessoal e familiar; - Construção discursiva patriarcal e o controle da sexualidade: A submissão feminina à lei do pai; 3.2. Surgimento da doença; - Construção discursiva da culpabilidade feminina e o discurso patriarcal religioso: Repressão e culpa nas mulheres; 3.3. Percepção de si e da doença; - Construção discursiva psicossomática do corpo que adoece: As perdas e o poder dos afetos; 3.4. Submissão, culpa e perdas em mulheres: Lúpus, um adoecer feminino; Considerações finais; Referências; Anexo 1 - Ai, que saudade da Amélia
606 ^aLÚPUS
606 ^aPSICOLOGIA DA REABILITAÇÃO
606 ^aPSICOLOGIA DA SAÚDE
606 ^aCONDIÇÃO FEMININA
606 ^aAUTO-ESTIMA
700 1^aLIMA,^bNádia Regina Loureiro de Barros
701 1^aNOGUEIRA,^bMaria da Conceição de Oliveira Carvalho,^4727
712 01^aUNIVERSIDADE DO MINHO.^bInstituto de Educação e Psicologia^4340
801 ^aPT^bINR^c20091030
856 ^uhttps://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/9532^zClique para aceder
920 n
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933 2009
955 ^n4^bCEU^dBELARMINA^c20140205
966 ^a10969^pDownload^sP 0378.A^12009^lINR
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